Meus pitacos quase diários (17 e 18/07/2023)

Que me xinguem analistas e comentaristas, mas conhecimento é fundamental!

Luiz Fernando Veríssimo: “Brasil: esse estranho país de corruptos sem corruptores.”

 

Quem diria? ainda se faz Jornalismo no Brasil: leituras (e vídeos) que acho importantes

https://jornalggn.com.br/operacao-lava-jato/spoofing-filhos-de-januario-tratam-pgr-raquel-dodge-como-ratazana-desprezivel/

https://twitter.com/i/status/1679637358159724547

 

1 – O normal no Brasil é esta 1ª manchete: políticos e governos são corruptos. Mas não só eles. Parte da sociedade também o é e, por isso, como parlamentares e governantes são eleitos por ela, é natural a predominância da corrupção nos escalões mais altos da República.

– O que a grande imprensa não faz muita questão de destacar é que a elite é tão responsável por esta situação quanto a população politicamente analfabeta. De vez em quando, os controles afrouxam e surgem manchetes como a 2ª. Mas desaparecem logo.

2 – Pois é… é este cara, o todo poderoso 3º homem da República, que está botando a faca no pescoço do Lula pra obter mais verbas e mais cargos na Esplanada. Enquanto perdurar este tipo de democracia no país, a verdade é uma só: não há democracia no país!

3 – Ainda que judicialmente não se tenha condições efetivas de colocar na cadeia Moro e seus intocáveis da Lava Jato, moralmente já há provas cabais – e não convicções – de que a operação foi um braço do fascismo que se associou à direita radical pra levar o Brasil pro brejo.

– Até a linguagem usada por procuradores e procuradoras se assemelha aos patriotas que ainda chafurdam no entorno do ex-mitô. Após bloquear R$2,5 bilhões da Petrobras para uma “fundação” do grupo, Rachel Dodge, a chefona de todos eles, é chamada assim:

4 – Porque será que a grande imprensa não dá espaço pra deputadas como Sâmia Bonfim quando ela mostra a hipocrisia política de certos colegas? Porque será que ela, a Mídia, só destaca a deputada e outras colegas atuantes quando o assunto é feminismo?

– Como disse o general Girão, elas deviam estar em casa cuidando de filhos e marido?

5 – Pode ser que a senadora Damares viu Jesus na goiabeira. Quem sou eu pra duvidar da fé de alguém. Se viu, porém, ela não entendeu as palavras d’Ele e usou as sombras da goiabeira pra agir e fazer um monte de maracutaias com dinheiro do seu ministério.

– Segundo relatório da CGU, R$30 milhões que deveriam ser usados na formação profissional de adolescentes e mulheres presidiárias e vítimas de violência, foram parar em algumas empresas de fachada, com laranjas como sócios. Pois é… pastores não vendem só bíblias…

6 –  Perdoem a vergonha de minh’alma mineira, mas  este luminar da política nacional foi eleito com mais de milhão de votos. De mineiros que devem ter o mesmo número de neurônios que ele tem: 1 e ½! 01 pra elaborar uma frase impactante e ½ pra esperar as palmas, que não vêm.

7 – O não depoimento do coronel Mauro Cid na CPMI do Golpe teve muitas cenas indecorosas para uma Casa Legislativa, mostrando que o fedor do bueiro destampado pelo ex-mitô permanece aberto e cada vez mais podre. E pode ficar ainda pior!

– A cena de uma deputada, uma civil dos povos originários, fazendo continência para o depoente, alguém que está sendo acusado de vários crimes, desde falsificação de documento até golpismo, passando por corrupção de menores, as próprias filhas, foi abjeta.

8 – Ministério da Educação determina fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, um dos cabides de emprego para milicos criados pelo ex-mitô. Uma boa medida, aliás. Os professores doutrinadores piores que traficantes, como disse o Dudu 03, serão desmobilizados.

9 – Entonces o general Mourão não gostou do fim das escolas cívico-militares feito pelo MEC. Era esperado! 1.500 milicos da reserva recebiam até R$9,2 mil de salário extra pra impor o padrão militar de ensino em escolas públicas. Deus, Pátria e Família substituindo o debate de idéias.

10 – Faz 54 anos apenas! Eu tinha 21 quando fui chacoalhado por uma música que não se enquadrava no meu gosto musical rebelde. Jane Birkin e Serge Gainsbourg sussurravam  Je t’aime moi non plus, como um ato sexual com direito à simulação de um orgasmo.

– Apesar da rebeldia dos anos 60, o mundo ainda não estava preparado pr’aquilo… E a música foi proibida em vários países, inclusive no Brasil, e denunciada pelo Vaticano. Mas ajudou a abrir a cabeça das gerações posteriores à minha.

– Jane Birkin morreu semana passada. Minha geração já viveu demais, e a humanidade não mudou muito enquanto estamos partindo…

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